FAZENDEIRO DENUNCIA MASSACRE DE PAPAGAIOS EM RIACHÃO DAS NEVES



Os tiros são ouvidos principalmente ao final da tarde, a partir das 17 horas, horário em que as aves procuram abrigo no meio das mangueiras, onde se alimentam do fruto e tentam descansar. Os caçadores se posicionam em pelo menos três locais diferentes, nas fazendas Quatí, Araçá e Estivinha.
Em um desses pontos, encontramos dois deles, um menor de 12 anos, que estava com uma “baladeira” nas mãos, arma usada na matança de aves, e um jovem de 18 anos, que portava uma espingarda cartucheira. O garoto transportava em uma capanga, dois papagaios que tinham sido abatidos minutos atrás.

 Aves mortas Assustado com a presença do proprietário de uma das fazendas, um deles confessou que foi advertido pela mãe para não matar os indefesos animais, porém, não obedeceu. Segundo ele, usa as aves como alimento, no entanto, a atividade é desenvolvida, sobretudo por diversão, mas a partir daquela conversa prometeu parar com a matança.



 Ibama promete combater infratores Os indícios da caça predatória são facilmente percebidos. A caminho de uma das áreas de massacre e debaixo das mangueiras, encontramos várias penas de papagaio. Segundo moradores da localidade, muitos caçadores chegam a abater dez aves por dia e geralmente a carne é consumida como “tira-gosto” nos bares da região.

 A situação não tem controle, e os proprietários das fazendas alegam que outros animais em extinção, como veados e tatus são perseguidos e mortos diariamente nos arredores, simplesmente por esporte. “Teve um caçador que se hospedou aqui na residência de um vizinho durante alguns dias e matou vários veados e levou para outro estado”, disse um dos habitantes que não quis se identificar.



 As arrevoadas e pousos dos papagaios aconteciam sucessivamente, já que eram assustados a todo instante pelos tiros e ficavam tentando se refugiar de uma fazenda para outra, emitindo sons. As propriedades rurais são próximas umas das outras e ficam a pouco mais de 30 quilômetros da sede do município, no sentido distrito de Cariparé.

 De acordo com o analista ambiental do Ibama André Pereira Rodrigues, existem várias denúncias de caça predatória em Riachão das Neves, mas nenhuma aponta os nomes dos infratores, por isso, torna-se difícil o trabalho de investigação.

Contudo, o órgão pretende mobilizar uma grande operação envolvendo outras instituições ambientais para combater os criminosos de forma enérgica. Ele advertiu que em caso de prisão, lavra-se um auto de infração por crime ambiental contra os culpados, que podem responder criminalmente por porte ilegal de arma de fogo e pagar multa de até R$ 5 mil reais.





 Blog Alô Alô Salomão

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